terça-feira, 10 de maio de 2011

Foi inaugurado em Brasília no último dia 29 de abril, depois de aproximadamente 4 anos consumidos entre Projetos e Execução, o Prédio que servirá de sede do Fórum do Meio Ambiente ou Fórum Verde, a primeira obra sustentável do judiciário Brasileiro. O Fórum irá abrigar as oito varas de Fazenda Pública e a Vara do Meio Ambiente do DF.
Com Projeto Arquitetônico do Escritório Zanettini Arquitetura em co-autoria com a Arquiteta Sandra Henriques, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) o Fórum Verde conta com uma área construída aproximada de 6.300 m2, e foi executada pela CAENGE S.A. Construção, Administração e Engenharia.
Vista Geral
Vista geral do Projeto conforme concebido pelo Escritório de Arquitetura contratado
Pelo partido inovador este prédio está se candidatando, através da Certificação LEED, ao Selo Ouro do GBCB – Green Building Council Brasil, que se for confirmado será o 1º dado a uma obra no Centro Oeste do País.
Vista Superior
Vista Superior mostrando a cobertura verde no último pavimento
Apesar de apenas 10 construções possuírem esta classificação no Brasil, a união de esforços de uma equipe multidisciplinar na fase de Projetos e Execução está permitindo que a edificação obtenha os 39 pontos necessários para a classificação, conforme tabela do GBCB abaixo:
  • 26 a 32 pontos – Selo Verde
  • 33 a 38 pontos – Selo Prata
  • 39 a 51 pontos – Selo Ouro
  • 52 a 69 pontos – Selo Platina
A seguir enumeramos diversos quesitos que foram utilizados na fase de Projetos e Obras que estão permitindo o alcance desta expressiva pontuação:
Panorama Geral
Panorama com algumas tecnologias sustentáveis que foram utilizadas na obra e que serão disponibilizadas ao usuário final - Foto de engenheironline
  1.  a localização do terreno permitiu a retirada mínima da vegetação nativa para o início das obras e possibilitou que o edifício ficasse totalmente integrado com o entorno
  2. aproveitamento ao máximo da ventilação cruzada e iluminação natural nos ambientes internos o que garantiu a redução do uso de iluminação artificial e do ar-condicionado
    Fachada Principal
    Fachada Principal da edificação mostrando a valorização das áreas de ventilação e iluminação natual - Foto de engenheironline
  3. sombreamento das áreas internas através da criação de terraços em balanço em todos os pavimentos
    Floreiras
    Detalhe das área de sombreamento em balanço que funcionam como jardineiras - Foto de engenheironline
  4. cobertura ajardinada o que reduziu a carga térmica do edifício e auxiliou na obtenção da economia de energia   
    Floreiras da Cobertura
    Detalhe das floreiras na cobertura que tem a função de diminuir os efeitos da insolação reduzindo a carga térmica da edificação - Foto de engenheironline
  5. estrutura totalmente em aço com a utilização de lajes no sistema “steel deck”
    Detalhe do Sistema "Steel deck"
    Detalhe da estrutura em "Steel Deck"e a fixação de instalações - Foto de engenheironline
  6. fechamentos e divisórias em “drywall” que proporcionaram maior agilidade e limpeza do canteiro de obras
  7. estação compacta de tratamento possibilitou a reutilização de águas cinzas e pluviais para fins não potáveis tais como descarga, lavagem de pisos e irrigação de jardins
    Aproveitamento de água pluvial e cinza
    O reaproveitamento de água pluvial começa já na fase de construção com a obrigatória limpeza das rodas de todos os veículos na saída da Obra - Foto de engenheironline
  8. ambientes internos e externos que garantem o conforto ambiental do usuário e a consequente eficiência energética do edifício
  9. 20% de materiais aplicados na obra são reciclados
  10. 40% dos materiais são regionais e produzidos em um raio de 800 km de distância do local
  11. gestão sustentável de resíduos que permitiu o reaproveitamento ou a reciclagem de 75% do que foi gerado no canteiro
    Separação de Resíduos
    Separação de resíduos por classes para reaproveitamento na própria obra ou para reciclagem de terceiros - foto de engenheironline
  12. madeira utilizada nas paredes divisórias é proveniente de reflorestamento, tintas, mantas e colas utilizadas em conformidade com as normas
  13. metais e sanitários de última geração que permitem economia no consumo de água
É uma lista que pode inspirar Engenheiros e Arquitetos a iniciarem os seus primeiros passos na Construção Sustentável.
Uma obra que sem dúvida será referência no Brasil mostrando o que um trabalho integrado, de equipes multidisciplinares, pode fazer para obter uma edificação projetada, planejada e construída atendendo os princípios ecologicamente reconhecidos da Gestão Sustentável.

Fonte: Blog Engenheironline

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